Deoclécio Moura, Dr. Deó, como é conhecido aqui em Taperoá (PB), filho
desta terra, passou a maior parte de sua vida trabalhando como funcionário
estadual em João Pessoa, exercendo cargos importantes na administração pública
de vários governadores. Quando estava próximo de se aposentar fez um estudo,
uma análise da administração pública dos prefeitos de sua terra natal, e
resolveu intervir de maneira resoluta na política de Taperoá, por entender a
situação caótica e de abandono em que se encontrava sua terra natal.
Começou a investir politicamente na cidade por volta do ano 1998 do
século passado, quando reuniu um grupo de políticos, entre eles alguns
vereadores insatisfeitos com a administração pública daquela época. Reunido um
grupo, começou a chamar a atenção da população para os graves problemas
enfrentados pela cidade, através da Rádio FM da cidade de Serra Branca (PB),
pois Taperoá ainda não possuía uma Rádio FM.
A população, aos poucos, sentiu a pressão da oposição de Deó, e começou
a participar, através de palestras, reuniões na Câmara Municipal, recados na
Rádio FM, etc. É possível que em outras épocas jamais tenha havido tanta
participação política do povo, inclusive lotando a galeria da Câmara Municipal.
Já a partir daí a cidade de Taperoá começou a ganhar politicamente, pois o povo
foi para as ruas discutir política e desenvolvimento.
Tudo melhorou mais quando Dr. Ailton Paulo de Sousa, então dentista e
político, atualmente vereador, fundou a Rádio FM de Taperoá, trazendo mais
espaço para a discussão e opinião popular. A partir daí a política tomou força
nas ruas, em casa, entre as famílias, pois a cidade inteira já discutia o
futuro da cidade e de sua gente.
Com a vinda das eleições, o Dr. Deó ainda perdeu, mesmo por poucos
votos, a primeira a que concorreu, no ano 2000. Já em 2004 tomou o poder,
derrotando uma família tradicional que se revezava na Prefeitura Municipal
havia pelo menos dezesseis anos, sem contar o domínio político de seus
ancestrais em outras épocas.
Com a sua posse, em 1º de janeiro de 2005, ele se mostrou audaz e
incansável para melhorar a situação caótica da cidade, quando começou,
imediatamente, a reforma de todas as escolas municipais e dos postos de saúde,
que se encontravam em ruínas. Foram vários meses de reforma, primeiramente das
escolas municipais, quando entregou aos alunos do município os prédios
totalmente reformados, limpos, com carteiras organizadas, móveis em ordem, etc.,
já no mês de março, quando começou o ano letivo municipal. Em seguida reformou
os poucos postos de saúde, os PSFs.
Com o passar do tempo ele organizou a reforma do esgotamento do canal do
bairro São José, um escândalo a céu aberto naquela época, fez a reforma do
cais, calçamento e urbanização da rua próxima ao rio Taperoá, contando com o
financiamento do Ministério do Meio Ambiente.
Se eu for contar todos os benefícios que o prefeito Dr. Deoclécio Moura
Filho investiu na cidade de Taperoá não termino este artigo, visto que ele foi
reeleito na eleição de 2008, numa clara manifestação de apoio do povo ao seu
trabalho inovador e honesto.
Também no seu segundo mandato Dr. Deó se mostrou incansável no seu
trabalho de melhorar a cidade, calçando ruas, inaugurando PSFs na cidade e na
zona rural, como ativando escolas na zona rural, creches, calçamento de ruas,
iluminação elétrica na zona rural, poços artesianos, etc.
Para não dizer que a administração de Deoclécio Moura à frente da
Prefeitura Municipal de Taperoá durante os oito anos foi perfeita, houve um
ponto frágil nesse período, que foi a questão do funcionalismo público. Dr. Deó,
durante os dois mandatos, atrasou ou deixou de pagar salários, tanto dos
funcionários efetivos quanto dos contratados. Por causa disso no primeiro
mandato enfrentou uma greve dos funcionários efetivos, quando acumulava sete
meses de atraso no salário deles, que acabou com um acordo no poder judiciário,
quando foi acertado o pagamento parcelado dos atrasados, e o compromisso do
prefeito de não atrasar mais. Por conta desse acordo foram os funcionários
contratados prejudicados, pois a partir daí eles foram recebendo seus
pagamentos de forma desordenada, até o fim dos dois mandatos, no dia 31 de
dezembro de 2012. Também foi frágil a administração da Biblioteca Municipal
Raul Machado nesse período.
(Texto e foto: Bete Diniz - Taperoá - PB)
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